ALEMÃO EM CENA | PERSONAL ARTICLE

O festival Deutsch auf der Bühne (ou Alemão em Cena) teve lugar em Almada, nos dias 3, 4, 5 e 6 de maio. Não sei se se recordam, mas já vos tinha falado sobre o Alemão em Cena (podem ver AQUI); na altura, ainda não sabíamos se seríamos selecionados, mas quem segue o Bookaholic no facebook já tinha recebido a fantástica notícia de que iríamos, sim, participar na derradeira fase: a do festival. 

Os Saramagos rumaram a Almada na manhã do dia 3, juntamente com os NGO der Masken, do Liceu Camões, para regressar apenas dia 6, com a bagagem cheia, desta vez de lições, de bons momentos, de boas memórias e, acima de tudo, de novas amizades. Hoje, falo-vos de tudo! 

O plano do festival incluía ensaios, apresentações, workshops, uma ida ao teatro e um passeio pela Costa da Caparica. No primeiro dia, logo após nos instalarmos, foram-nos entregues as t-shirts desta edição.



Depois disso e de almoçarmos (o refeitório tinha uma vista fantástica sobre o rio Tejo e a ponte 25 de Abril, já agora!), fomos para o Fórum Municipal Romeu Correia, onde foi feita a adaptação ao palco e o nosso primeiro (e único) ensaio. Regressámos então à Pousada - não especifiquei no início, mas o nosso alojamento ficou a cabo da Pousada de Juventude de Almada - , onde pudemos passar a tarde a conviver e/ou a adaptar-nos aos quartos (também estes com vista privilegiada para o Tejo).




Nesse dia, depois de jantar, o destino foi o Teatro Municipal Joaquim Benite; a viagem, agora já de autocarro cheio, caracterizou-se pelo primeiro momento de união entre os vários grupos quando, a uma só voz, cantámos as músicas dos desenhos animados e séries da nossa infância - desde Oliver e Benji às Winx. 

No Teatro Municipal Joaquim Benite, vimos a fantástica peça Migrantes. A Migrantes conta com as caras conhecidas de João Cabral, Maria João Falcão, Adriano Carvalho e, entre outros, Rui Silva. Da autoria de Matéi Visniec e encenada por Rodrigo Francisco, a peça dá-nos uma nova perspetiva da crise dos refugiados, de como é vivida pelos próprios e de como é vivida na Europa ocidental e capitalista. Visniec, como jornalista da Rádio France, contactou de perto com esta realidade, desde a Selva de Calais aos campos de refugiados nas ilhas gregas, o que lhe permitiu uma visão mais exata, mas, simultaneamente, mais ampla destes que "arriscam a vida para poder viver". Migrantes é a sua peça mais recente e lança o debate sobre um tema que tem que ser debatido e solucionado com urgência. Esta foi, sem dúvida alguma, uma peça fantástica, daquelas que toda a gente devia ver! Uma peça que tem a capacidade de abrir até a mente daqueles que julgam ter a mente aberta.



No segundo dia já contámos com a participação de todas as 10 escolas que passaram a esta fase do festival. Não referi no início, mas o Alemão em Cena conta com a participação de escolas de norte a sul do país, de Santo Tirso a Albufeira.

Depois do pequeno-almoço, o destino foram os workshops, nos quais nos tínhamos inscrito previamente. Havia três opções: dança (Mário Afonso e Carolina Martins), circo (Nina Porro e Marike Strun) e língua em movimento (Helena Dawin e Beatrice Cordier). No meu caso, optei pelo último; na descrição, podia-se ler o seguinte:

"Neste workshop vamos utilizar o ritmo e o som da língua (alemã) como base para o movimento e a dança. Ficar sem fôlego, com línguas e movimento. Falar a mover-se, dançar a falar, fazer a língua dançar!"

O workshop foi, sem dúvida alguma, muito divertido e uma experiência muito boa. Além disso, os ensaios foram também onde tivemos a oportunidade de criar laços com outras pessoas. Em baixo, podem ver o resultado final, que foi apresentado no dia seguinte.


Após os workshops e o almoço, o destino foi, novamente, o Fórum Municipal. Ocorreram então as primeiras apresentações, todas elas fantásticas, da responsabilidade dos grupos de Sintra, Albufeira, Almada, Tondela e Leiria. No final, e após algum tempo livre, rumámos à Costa da Caparica. Lá, tivemos cerca de duas horas livres, que utilizámos para passear, tirar fotografias e até mesmo cantar e dançar!

Quando voltámos da Costa da Caparica, fomos jantar e, no caso de Mafra, aproveitámos para fazer um último ensaio geral. A seguir, seguiu-se uma noite inteira de convívio entre as diversas escolas, o que nos trouxe imensas amizades e boas e divertidas memórias!

O dia que se seguia era o último dia inteiro de festival. Tal como os anteriores, começou cedo e seguiram-se os workshops. À tarde, voltámos então ao Fórum Municipal, onde foram feitas as restantes apresentações, desta vez levadas a cabo pelos grupos de Almada - um segundo grupo -, da Marinha Grande, de Lisboa, de Santo Tirso e, finalmente, de Mafra!


A seguir às apresentações, seguiram-se as apresentações dos workshops, que já partilhei convosco ali em cima. Depois disso, regressámos à Pousada para aquele que seria o nosso último jantar em Almada. O plano para essa noite era a visualização de um filme, mas, como não era um plano obrigatório, optámos por ficar nos quartos.

As varandas comuns e os quartos uns dos outros eram o local onde nos encontrávamos e convivíamos uns com os outros. Nessa noite, a conversa prolongou-se até de madrugada, juntamente com muita música, cantorias, dança e até mesmo relatos do Europeu 2016!

A manhã seguinte era a última em Almada e, por isso, era também muito emocional! As despedidas e a viagem de regresso foram recheadas de lágrimas, de agradecimentos e até de um discurso à amizade e ao Alemão em Cena!

Para terminar, resta-me agradecer do fundo do coração a todos os que intervieram no festival e que tornaram esta experiência tão agradável e tão, tão gratificante! Do fundo do meu coração, obrigada a todos e até para o ano! ♥ 

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